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As declarações do senador Humberto Costa (PT), em entrevista à revista Veja, provocaram polêmica na militância do partido, no último fim de semana. O parlamentar afirmou que a legenda precisava fazer uma auto-crítica profunda, superar "o discurso do golpe" e falar para o futuro do partido.
Após receber críticas nas redes sociais, o petista afirmou que considera a repercussão natural, mas que "falou o que muita gente do PT queria dizer sobre o partido". No entanto, ele ressaltou que sua fala sobre corrupção na sigla foi distorcida.
"Tem muita gente do PT que queria falar o que falei, mas se sente intimidado. Não faço nenhuma acusação diretamente. Existem coisas que não falei (na entrevista) como que o PT é corrupto, mas boa parte corresponde. A necessidade do partido fazer auto-crítica profunda e não somente falar em golpe, mas falar para frente porque em 2018 vamos ter eleição. Temos que falar sobre futuro", ponderou.
Segundo ele, o PT deixou temas essenciais como a discussão sobre financiamento de campanha e reforma política para "se adaptar às praticas que existiam e que, de certa forma, acabamos reproduzindo".
Além da repercussão nas redes sociais, correligionários do senador também criticaram a fala. Procurada pela reportagem, a vice-presidente do PT, Teresa Leitão, afirmou que o petista errou ao fazer este debate fora das instâncias partidárias. "Respeito Humberto, mas assuntos internos não podem ser ditos em público. Foi muito ruim, criou uma polêmica grande e deixou a militância insatisfeita. É um momento de cautela. Escolher a Veja neste momento é infeliz. Tanto que a chamada não corresponde à entrevista, ele se expôs e expôs o partido", falou.