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O supervisor do IML de Petrolina, Álvaro Miranda, participou nesta sexta (10) do programa Manhã no Vale, na Rádio Jornal, onde negou que pedaços de corpos humanos estariam sendo lançados na rede de esgoto da cidade.
"É uma inverdade o que estão dizendo de que restos de corpos estão sendo despejados a céu aberto. Eu ignoro o que foi veiculado em alguns veículos de comunicação" disse.
O supervisor explicou que são feitos todos os procedimentos na hora da autópsia realizada nos corpos como serviços de verificação de orbito e em casos de morte natural, ela não implica na abertura do inquérito policial, que são as mortes à esclarecer.
"Nós abrimos os corpos nos casos de morte a esclarecer, recolhemos as vísceras e elas são colocadas nos freezers do IML e encaminhamos para Recife, jamais elas são colocadas no esgoto", afirmou.
O representante local do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Roseno Neto, disse que já flagrou até animais comendo restos dos corpos na rede de esgoto da cidade. Roseno informa que isso acontece a décadas e contestou a versão do supervisor.
"Se é mentira que corpos não estão sendo jogados, que ele mostre a encanação, eu desafio o supervisor, o corpo é lavado e é jogado sim na rede de esgoto, isso acontece em Recife, Caruaru e Petrolina, até os gatos estão comendo restos dos corpos ", revelou.
Roseno endureceu as críticas ao supervisor e disse ainda que três funcionários do IML foram transferidos porque denunciaram a situação, e não suportaram mais trabalhar nessas condições. Ele revelou também que o governo do ainda não apontou soluções para o problema.
"Nós já participamos de três audiências do ministério publico do trabalho, o projeto já foi orçado e aprovado e falta agora o estado liberar recursos, nós não vamos passar a mão na cabeça do governo, nós funcionários estamos adoecendo e ainda muitos são transferidos sem nenhuma justificativa", finalizou.