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Diante da situação de calamidade pública, restou ao Exército socorrer os municípios atingidos pela seca. Diante da impossibilidade do Governo de Pernambuco de assumir o abastecimento, caberá, a partir de agora, às Forças Armadas comandar as ações de oferta de água no âmbito da Operação Carro-Pipa. Diante da intensificação da demanda, o ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), defende a ampliação do programa.
O principal obstáculo é a disponibilização de recursos para a medida no orçamento do Governo Federal do próximo ano, que ainda é uma incógnita. Para viabilizar o reforço, o auxiliar ministerial terá uma reunião com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, para buscar alternativas.
"Sabemos que a cobertura de Pernambuco feita pelo Governo Federal através do Exército é expressiva. Agora, estamos dependendo basicamente do orçamento de 2017 e tenho uma conversa marcada com o ministro Helder Barbalho para ver a possibilidade de ser feita essa ampliação, que me parece justificada pelas condições que nós temos hoje", afirmou o ministro. Antes, a ação era efetuada com uma maior participação do Instituto Pernambucano Agronômico (IPA) e da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe). No entanto, após os constantes atrasos do Governo do Estado no pagamento dos profissionais que fornecem água por meio do transporte, a ação acabou ficando, oficialmente, nas mãos do Exército.
A operação é um projeto criado pelo Governo Federal, cujo nome oficial é Programa Emergencial de Distribuição de Água. O seu objetivo principal é levar água para consumo humano nas áreas atingidas pela seca na região Nordeste, norte de Minas Gerais e Norte do Espírito Santo. Para ser incluído no programa, os gestores têm que acionar a Secretaria Nacional de Defesa Civil formalizando a intenção de obter o auxílio da iniciativa. "A participação das Forças Armadas têm sido essencial", avalia o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Luciano Torres (PSB). Também prefeito Ingazeira, no Sertão do Pajeú, Torres relata que também conta com a ajuda do Exército brasileiro para fazer a distribuição de água em cisternas comunitárias. (Folha PE)