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Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid-19 no Senado, pediu prisão do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias no fim da tarde desta quarta-feira (7).
Logo em seguida, após algumas observações contrárias de senadores da CPI, Aziz encerrou a sessão, e o depoente deixou a sala preso pela Polícia do Senado.
“Ele está mentindo desde a manhã, dei chance para ele o tempo todo. Pedi por favor, pedi várias vezes. E tem coisas que não dá para os áudios que nós temos do [Luiz Paulo] Dominghetti [vendedor de vacinas] são claros”, afirmou Aziz. “Ele vai estar detido agora pelo Brasil, pelas vítimas que morreram.”
O presidente da CPI informou que sua decisão é baseada em documentação já em posse da CPI, inclusive áudios. “Aqui o senhor fez um juramento, então eu tô pedindo, chamem a polícia do senado, o senhor está detido pela presidência da CPI”, informou Omar.
Ao justificar a ordem de prisão contra Dias, o presidente da CPI citou áudios revelados pela CNN Brasil e que contradizem a versão do ex-diretor sobre o encontro com o policial militar Luiz Paulo Dominghetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply.
Apesar dos protestos de Marcos Rogério (DEM-RO) e dos apelos de Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), o pedido de prisão foi mantido.
Ao comentar sobre a decisão tomada, ainda durante o burburinho, o presidente da CPI disse sobre a quantidade de mentiras que tem escutado durante a CPI. “Eu tenho ouvido. Parece que as pessoas quando sentam aqui do meu lado direito elas se esquecem”, e completou: “Eu tô cansado de mentira aqui, rapaz. A gente está falando de vidas”.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou, ao fim da sessão, em entrevista divulgada pela TV Senado, que o presidente da CPI fez uso de sua atribuição para garantir o respeito à comissão parlamentar de inquérito.
Randolfe ainda explicou que a prisão agora não está mais a cargo da CPI. “Não cabe mais à CPI, foi flagrante delito, logo em seguida pode ser relaxada a prisão, a defesa do senhor Roberto Dias entrará com Habeas Corpus e a prisão ocorrerá como outra qualquer, de flagrante delito”, explicou. (Folhape)