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Quem precisar ir ao banco na próxima terça-feira deve encontrar as agências fechadas. Os bancários de Pernambuco marcaram para a véspera do feriado de 7 de Setembro o início de uma paralisação por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia na noite desta quinta-feira (01) e segue a determinação do Comando Nacional da categoria, que orientou os trabalhadores a rejeitarem a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Pernambuco tem 12 mil bancários em atividade. São cerca de 500 agências.
A expectativa da direção do Sindicato dos Bancários de Pernambuco é a de que apenas os serviços de autoatendimento continuem funcionando após o início da greve. "Se a Federação dos Bancos apresentar outra proposta, vamos colocar em pauta. Esperemos que bancários de outros estados decidam também pela greve, em um movimento nacional", afirmou Suzineide Rodrigues, presidente do sindicato. Segundo ela, uma nova assembleia está marcada para a segunda-feira para organizar os detalhes da paralisação.
A última proposta da Fenaban, apresentada na última terça-feira (30), foi de reajuste de 6,5% nos salários e benefícios (abaixo da inflação de 9,5%) e abono de R$ 3 mil, a ser pago de uma só vez. O piso salarial para a função de caixa, com o reajuste proposto, passaria a R$ 2.842,96, por uma jornada de 6 horas/dia. Já os bancários reivindicam reposição da inflação mais ganho real de 5%, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR (programa de participação nos lucros) de três salários mais R$ 8.317,90.
A paralisação do ano passado, que aconteceu em outubro, durou 21 dias nos bancos privados. No Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal e no Banco do Nordeste a greve durou mais alguns dias. O acordo que foi fechado incluiu reajuste 10% sobre os salários, piso e Participação nos Lucros e Resultados (PLR), além de um aumento de 14% sobre os valores de refeição e alimentação.
Alternativas
Como não dá para escapar da greve, quem tem conta a pagar ou outra coisa para resolver no banco deve procurar canais alternativos, como as casas lotéricas e a internet. Não pagar as contas por conta da greve não é uma opção. As entidades de defesa do consumidor destacam que a pessoa deve ficar alerta à data de vencimento das contas, boletos ou qualquer outra cobrança e procurar um meio alternativo para quitá-las. Transforme o código de barras no seu melhor amigo. As faturas de água, luz e telefone podem ser quitadas em correspondentes bancários. As lotéricas também recebem os pagamentos. E fazem muito mais, como saques. (DP)