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A sessão do Congresso Nacional foi encerrada nesta terça-feira (6) por falta de quórum sem que fossem analisados os vetos presidenciais a pautas-bomba, como o que barra o reajuste para os servidores do Judiciário. Uma nova sessão foi convocada para a manhã desta quarta-feira (7), às 11h30.
É a segunda tentativa frustrada do governo para que sejam apreciados esses vetos. Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), articulou uma manobra com a oposição para inviabilizar a sessão do Congresso. Os deputados pressionavam pela inclusão na pauta de um veto da presidente Dilma Rousseff a um projeto que acaba com as doações empresariais de campanha.
Logo no início, a oposição questionou a existência de quórum, mas o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), seguiu com sessão argumentando que o número mínimo para a continuidade havia sido atingido na primeira meia hora, conforme determina o regimento interno.
O governo quer ver os vetos analisados e mantidos pelo Congresso, por considerar que os trechos vetados barram projetos que comprometem a política de ajuste fiscal e busca pelo reequilíbrio das contas públicas.
De acordo com o Ministério do Planejamento, só o aumento para o Judiciário pode gerar uma despesa de R$ 5,3 bilhões no ano que vem. Em quatro anos, até 2019, o custo total será de R$ 36,2 bilhões.
Outro ponto polêmico que estava em pauta era o veto de Dilma ao texto que estende para todos os aposentados e pensionistas as regras de reajuste anual do salário mínimo. A previsão é de que essa medida gere um gasto de R$ 0,3 bilhão em 2016. Nos próximos quatro anos, a despesa somará R$ 11 bilhões.
De acordo com o governo, a retomada de todos os projetos vetados geraria um impacto de R$ 23,5 bilhões no ano que vem. Os gastos em quatro anos - até 2019 - somarão R$ 127,5 bilhões, segundo o Planejamento.
(Fonte: G1)